Pela primeira vez, a revista AVI LATINOAMÉRICA apresenta o ranking com as 50 empresas mais importantes da América Latina de acordo com o número de eventos realizados em 2014.
Por Richard Santa
O crescimento econômico que a maioria dos países da região teve nos últimos anos, bem como a melhoria das questões de segurança de outros que há uma década poucos ousaram visitar, permitiu o crescimento do número de eventos especiais, congressos e shows na América Latina. A lista de países latinos incluídos nos passeios está ficando maior.
Essa perspectiva positiva permitiu o aumento das empresas de aluguel e estadiamento na região. Da mesma forma, tem exigido maior qualidade nos serviços e uma atualização constante dos equipamentos audiovisuais. Isso é destacado por empresários do setor, como Alejandro Carvajal, da empresa Comunicaciones Globales, que presta serviços de aluguel interno em 20 hotéis na América Central, com uma média combinada de 24.000 eventos por ano.
Ele ressaltou que, com exceção da Nicarágua e de El Salvador, que reduziram um pouco o número de eventos realizados, em geral os países da região em que atua tiveram um aumento no número de eventos em 2014, com uma média de quatro por dia e 25 dias por mês, em cada um dos hotéis em que opera. Adicionado ao aluguel externo para os hotéis.
No mesmo sentido, falou Joaquín Gutiérrez, gerente geral da Big Video, empresa com 22 anos no mercado que oferece serviços audiovisuais para grandes eventos na Colômbia. Ele comentou que o crescimento também marcou o surgimento de novas empresas, embora nem sempre com as melhores práticas e que acabam prejudicando o mercado.
Manutenção contínua, um desafio
Constantemente mobilizando equipes entre um evento e outro, manipulados em muitos casos por diferentes pessoas no mesmo evento, fazem da manutenção, reparo e troca de equipamentos um de seus pilares fundamentais para as locadoras.
Martha López, gerente da Contacto e, empresa que participa de eventos corporativos e grandes shows na Colômbia, disse que é fácil para a cantora soltar um microfone em um show, embalar os instrumentos musicais pode tirar alguns equipamentos do aluguel ou mesmo no mesmo transporte que podem sofrer danos devido à má movimentação.
Portanto, dentro da empresa possuem um departamento que se dedica exclusivamente à manutenção preventiva e reparo do equipamento. Eles também fazem suas próprias caixas para transportar os equipamentos e têm controles rigorosos para movê-los do porão, tudo para protegê-los.
Para ter o equipamento em boas condições, a empresa deve ter o comprometimento da equipe técnica que os cuida, para que eles sejam cuidadosos e estejam atentos a eles em cada evento. Esse, disse Alejandro Carvajal, tem sido um dos fatores que mais influenciou o bom estado do equipamento dentro da empresa, pois teve o comprometimento de sua equipe.
Outro fator que afeta a manutenção em locadoras é o serviço pós-venda de alguns fabricantes. Até seis meses pode levar para chegar uma peça sobressalente para um equipamento porque a distribuidora local não tem em estoque, gerando prejuízos para as locadoras que devem ter um equipamento sem serviço.
O custo, o custo, o custo...
Gerar sensações, experiências de vida fora do comum, são algumas das reações buscadas por quem organiza um evento para seus convidados e participantes, seja na corporação ou em um show. O cliente sempre quer o que há de mais moderno em tecnologia, para fazer jus aos eventos que participa, mas nem sempre está disposto a pagar por eles.
Segundo Joaquin Gutierrez, ter tecnologia de ponta em um evento pode ser caro para uma empresa média ou pequena. Mas nem sempre é pelo orçamento. Em muitos casos, as agências organizadoras de eventos reduzem os orçamentos para satisfazer o cliente e, em seguida, fingem ter o melhor a um custo mínimo.
O desafio, segundo Alejandro Carvajal, é manter um equilíbrio entre o custo que os clientes podem pagar e o serviço com a melhor tecnologia possível. E esse equilíbrio às vezes não permite ter a mais recente tecnologia, obviamente garantindo uma boa qualidade de equipamentos e serviço.
O aumento do número de eventos na América Latina e o custo dos serviços de locação audiovisual também geraram outro fenômeno na região. O surgimento de empresas que adquirem equipamentos e alugam a custos abaixo da média, a fim de conquistar clientes. Joaquín Gutiérrez ressaltou que raramente essas empresas conseguem um ponto de partida e fecham rapidamente, mas deixam um prejuízo no mercado, pois o cliente continuará procurando preços baixos mesmo que o serviço não seja o melhor.
E embora esses sejam apenas alguns fatores comuns no dia a dia das locadoras, não há dúvida de que este é um dos segmentos dentro da indústria audiovisual que mais marcou o crescimento nos últimos anos e com perspectivas positivas para os próximos tempos.
Multilatinas
Um aspecto importante das empresas de aluguel e estadiamento na América Latina é a expansão que vêm tendo na região. Há muitos casos em que as empresas operam em diferentes países, além da em que nasceram.
Entre os exemplos está a Plataforma Colombiana, que tem presença no Chile, Peru, Equador, Panamá, República Dominicana e que para 2015 planeja expandir para o resto da América Central. A Argentina Proyecciones Digitales é uma empresa que tem presença em 12 países e atende alguns de seus clientes na África do Sul e Austrália.
A união de empresas do setor também é contabilizada. No ano passado, o Chile foi palco da união de duas das empresas mais importantes do país e que têm presença regional: RLA e SAV. Outro caso foi o da AVI SPL, empresa norte-americana com forte presença no México que foi adquirida em 2014 pela Encore, tendo seu nome deste último.
TOP 50 empresas de aluguel latino
Pela primeira vez, a revista AVI Latin America apresenta um ranking com as 50 locadoras da América Latina que desempenharam um papel de liderança em 2014, a fim de tornar visíveis as conquistas das empresas que trabalham todos os dias para o crescimento do setor.
Para alcançar esse ranking fizemos uma consulta prévia com fabricantes, distribuidores e profissionais com amplo conhecimento no setor, de cada uma das quatro regiões: México, América Central, Região Andina e Cone Sul, informação com a qual conseguimos identificar as empresas meritórias de estarem dentro do ranking.
Para a escolha e posicionamento no ranking, foi feita uma coleta de informações de cada uma das empresas, em aspectos como os anos de existência, o número de colaboradores e o número de eventos realizados no último ano.
Foi esse último fato que nos permitiu posicionar as empresas no ranking em cada uma das regiões. Assim, apresentamos as 15 empresas mais importantes do México, as 10 na América Central, 15 na Região Andina e 10 no Cone Sul.
Ressaltamos que a lista incluiu informações de contato para cada uma das 50 empresas, bem como o número de eventos e o país onde cada uma das empresas listadas no ranking desenvolve seus negócios.