Durante o processo de projeto, é de extrema importância ter um sistema de distribuição, conversão e roteamento de sinal de áudio.
Diego Cárdenas*
O áudio digital tem sido uma das inovações mais importantes da história da nossa indústria, e foi implementado em todos os tipos de aplicações (desde gravação até eventos ao vivo de alto desempenho). A incorporação de padrões e o desenvolvimento de tecnologia de transmissão de mídia sob essa infraestrutura abriram as portas para a implementação de sistemas mais robustos, confiáveis e à prova de falhas.
Dispositivos eletrônicos como processadores DSP, amplificadores e consoles digitais foram alguns dos primeiros a apresentar um fluxo de áudio multicanal. Hoje, temos sistemas amplificados que incluem placas de amplificação digital em conjunto com streaming de áudio em rede em módulos compactos, juntamente com controlabilidade de terceiros.
O áudio em rede atingiu um ponto de evolução onde é possível ter o máximo de escalabilidade e flexibilidade na distribuição de sinal em projetos de instalação, áudio ao vivo e outros mercados, e até mesmo ter ferramentas de processamento em tempo real.
Como podemos tirar o máximo proveito dessa tecnologia? Vejamos alguns aspectos importantes.
Vantagens. Apenas vantagens
A transmissão de áudio digital multicanal através de infraestrutura de rede padronizada, em comparação com um fluxo de sinal analógico tradicional, oferece um número significativo de vantagens tecnológicas. Do ponto de vista objetivo e técnico, mover qualquer sistema ou projeto para esse modelo agrega um número significativo de virtudes, tais como:
Streaming Multicanal
Roteamento e Alocação de Fluxo via Ferramentas de Software
Imune a interferências
Baixos níveis de latência
Conectividade unificada
Redução de custos de implementação
Temos compromissos ou sacrifícios quando se trata de implementar áudio sobre IP em comparação com um ecossistema analógico? Não realmente (considerando os padrões sob os quais a implementação da tecnologia AV é definida em nossa indústria atual). Migrando de sistemas tradicionais para áudio através de redes
Compatibilidade e Unificação de Soluções
Dia após dia, projetos audiovisuais e a implementação de sistemas de áudio profissionais começaram a ser atualizados para protocolos de rede. Essa mudança aconteceu em vários mercados e aplicativos. No entanto, existem duas perguntas que podem surgir dos usuários:
O meu novo sistema de Áudio em Rede é compatível com o meu sistema tradicional ou pelo menos com uma secção do mesmo?
Posso criar sistemas híbridos entre áudio analógico/digital sob infraestrutura tradicional?
A resposta para ambas as perguntas é: Claro! É uma das maiores vantagens do áudio sobre a rede. Até o momento, centenas de fabricantes de dispositivos e tecnologia de áudio profissional desenvolveram módulos que suportam vários protocolos, permitindo a integração total. Áudio através da rede significa interoperabilidade entre dispositivos de vários fabricantes para o benefício do usuário.
Durante o processo de projeto, é de extrema importância ter um sistema de distribuição, conversão e roteamento de sinal de áudio. Geralmente, encontramos todos esses recursos em processadores DSP (arquitetura aberta ou fechada) que permitem, graças a um design de gabinete centralizado, várias placas ou módulos de diferentes protocolos de áudio (incluindo áudio analógico, protocolos digitais e protocolos de rede). A escolha do usuário deve ser baseada no número de canais necessários e na capacidade de roteamento, programação e processamento digital necessários para cada aplicativo específico.
Quais protocolos ou padrões são mais adequados para cada projeto?
O Network Audio, em suas muitas variantes, define diferentes diretrizes em relação aos seus usos ideais em todos os tipos de implantações: de áudio comercial multizona a sistemas PA robustos em locais dedicados e aplicativos de eventos ao vivo.
A seleção dos protocolos/padrões corretos deve considerar múltiplos fatores:
- Requisitos de infraestrutura (no caso de protocolos IP, existem parâmetros específicos sobre velocidade de transmissão, largura de banda, entre outros).
- Restrições de distância de fiação (de acordo com padrões estabelecidos pelo desenvolvedor do protocolo)
- Número de canais de áudio (ligados a parâmetros de amostragem, sincronização entre dispositivos e layout proprietário).
Em ambos os casos, o processo de design do sistema agora tem um componente de flexibilidade e escalabilidade. A infraestrutura de rede de um projeto pode ser usada para integrar vários protocolos e vários dispositivos sem a necessidade de repensar a implantação ou o trabalho de um projeto. A ampla capacidade modular e de funcionalidade cruzada entre tecnologias oferece um nível de eficiência nunca antes visto no streaming de áudio tradicional.
Integração com outras tecnologias (Vídeo &Automação)
Como o áudio digital pode ser transportado através da mesma infraestrutura de rede utilizada para a implementação de outras tecnologias (considerando as diretrizes de cada protocolo e padrão), é totalmente viável incorporar o fluxo de sinal em soluções integradas que incluam intervenção de terceiros: como Vídeo sobre IP, Controle, Automação, Sistemas de Alarme e Videovigilância, desde que as especificações de largura de banda necessárias para uma operação ideal sejam atendidas.
Sem dúvida, o Audio over Networks estabelece um novo horizonte para os profissionais do setor. Treinamentos e treinamentos constantes sobre atualizações de padrões e protocolos são fatores determinantes para engenheiros, projetistas e integradores de soluções especializadas, uma vez que o futuro do áudio está ligado à sua evolução.
Diego Cárdenas é Consultor Especialista em AV & Acústica.