Neste artigo, o colunista amplia sobre o tema que havia começado na última edição sobre sinalização digital. Desta vez, ele vai mergulhar na importância do software na apresentação de conteúdo.
Por: Adrian Morel*
Na sinalização digital, displays digitais ou sinalização digital, muitos pensam que grande parte da estratégia passa pelo hardware, mas não podemos esquecer que, em suma, o público só percebe o conteúdo, por isso, o desenvolvimento de conteúdo se torna uma parte muito importante no planejamento desse mercado.
Hardware Vs. software
Em displays digitais, todo hardware existente já é conhecido, é a parte visível, sólida e volumosa que dá suporte físico à sinalização digital. A partir deles podemos escrever páginas e páginas inteiras, passando por plasmas, LCDs, telas LED e muitos outros. Mas para dizer a verdade, o hardware é um produto extremamente controlado porque para facilitar as divisões, podemos dizer que nenhum produto pode competir com telas LED por fora, e plasmas e LCDs no interior, que têm preferência por seu baixo custo. O importante é tomar o hardware como um determinado componente na equação onde a necessidade tem a cara de um herege, deixando alternativas limitadas com base em sua funcionalidade.
Quando falo de software, não faço isso no próprio sentido do computador, mas na interpretação do negócio. Nos negócios, a parte "suave" de um projeto é aquela que não é vista, mas tem relevância fundamental. Por exemplo, a gestão não pode ser tocada, mas é uma parte fundamental de uma empresa. A vontade dos trabalhadores, o espírito do corpo, a necessidade de melhoria também não podem ser tocados, mas são realidades dentro da empresa; sem eles a empresa não teria alma, nenhuma missão e não teria, em suma, pessoas para realizar a condução.
Na sinalização digital a parte "suave" é o conteúdo, sem ele, a sinalização digital não faria sentido. Daí a importância desta peça.
Poluição luminosa versus iluminação controlada
Em ambientes internos onde a luz é controlada, não é necessária modificação do conteúdo. Por exemplo, se colocarmos um programa de TV livre no ar em um plasma, LCD, projetor ou qualquer tipo de monitor em um ambiente fechado, a imagem ainda será tão boa de qualidade como sempre. No entanto, se colocarmos qualquer programa de televisão em uma tela LED que é exposta aos raios solares, a imagem, as cores e até mesmo a mensagem são modificadas. Para ser mais específico e até mesmo dizer extremos, podemos tomar uma telenovela como exemplo. Uma novela em uma tela de LED não faria sentido, porque foi projetada para que o público esteja sentado confortavelmente na sala de estar de uma casa, ou que ela esteja confortavelmente deitada em seu quarto. Muito diferente do transeunte que está andando pela rua e vê uma tela de LED em cima de um prédio, entre o barulho dos carros, o desconforto de estar atento ao local onde pisar para não cair ou escorregar e andar entre as pessoas; ou seja, todo o contexto é diferente.
Tempos e cores
Os tempos ou segundos nos comerciais de televisão são diferentes dos segundos em publicidade em vias públicas. As cores usadas em ambientes controlados também são diferentes das cores usadas em displays LED ao ar livre. Se pegarmos um comercial de televisão e gastá-lo da mesma forma em uma tela LED, podemos ver que ele parece diferente, é percebido de forma diferente e a mensagem é diferente. Na televisão você pode perceber claramente o tom de cores quentes como vermelho, laranja e amarelo, enquanto nas telas led, a tonalidade predominante é azul. Para ver a diferença, como uma experiência, você pode colocar um filme de Os Incríveis (onde a cor predominante é vermelha) em uma tela LED e em contraste você pode colocar um vídeo de Monsters Inc. ou Finding Nemo e você verá a diferença.
Conclusões
O conteúdo projetado para uma exibição interna e uma exibição ao ar livre é diferente. As empresas de publicidade terão que educar os clientes sobre a diferença. Não é o hardware que faz a diferença, mas a mensagem de cores e tempo. O hardware um dia se tornará uma mercadoria, mas o que fará diferença é a qualidade da arte dos designers gráficos.
*Adrian Morel é CEO da Lighthouse Technologies e vice-presidente da OptiLED e pode ser alcançado em Los Angeles, Califórnia ([email protected]).