Max A Bartsch considera que a formação de pessoal especializado em soluções de AV é um dos desafios para o setor no Brasil. Também deve haver mais informações para usuários finais.
Por Richard Santa
Aos 15 anos, Max A Bartsch se interessou pelo áudio. Um gosto pessoal que cresceu graças aos seus estudos no ensino médio, que eram focados em eletrotécnica. Foi assim que ele começou uma vida dedicada ao áudio, mas com particularidade, estudando por conta própria.
Desses primórdios até hoje, este brasileiro, nascido em Ribeirão Preto de São Paulo, cumpre 35 de trabalho com áudio e 25 com vídeo. Ele diz que "meu primeiro conhecimento foi com um grande claudio autodidata brasileiro chamado Claudio Cesar Dias Baptista. Então comprei um livro que é meu Livro de Mão de Engenharia de Áudio, de Dan e Caroline Davis. Então eu entendi que a melhor maneira de aprender algo no mundo é na "vida real e na estrada".
O primeiro trabalho do nosso Profissional do Mês na área de áudio foi como técnico de som em uma banda de rock em sua cidade, em 1980. "Naquela época no Brasil não tínhamos nenhum tipo de equipamento para fazer um som de alta qualidade, tudo era importado e muito caro. Então, fizemos tudo, pegamos os alto-falantes e armários. Pegamos os componentes e fizemos os amplificadores e misturadores."
Dessa forma, Max A Bartsch aprendeu muito sobre circuitos eletrônicos e todos os processos para fazê-los e desenvolver bons planos no sistema audiovisual. Com todo o conhecimento adquirido, conseguiu montar sua própria empresa no Brasil, a Bart Servicos, que atualmente dirige.
Buscando certificação
Seu conhecimento como autodidata cresceu graças ao fato de que ele tem gostado de cada momento. Ele ainda diz que seu hobby favorito é eletrônica e programação de microprocessadores. Ele está sempre na rua e gosta de ir para os Estados Unidos para ver novas ideias e tecnologia da indústria audiovisual. O interesse em aprender mais, o levou a ingressar na InfoComm e em julho de 2014 apresentou o exame para obter a certificação CTD e CTS-I.
Como é um dia de trabalho de Max A Bartsch? Nesse sentido, ele comenta que "começo a trabalhar por volta das nove da manhã, no escritório ou mesmo no campo. Normalmente, os trabalhos são discutidos um dia antes ou em uma breve reunião no campo."
Ele destaca que uma das principais dificuldades tem a ver com o fato de que no Brasil não há escolas para formar profissionais, e é por isso que as empresas de AV têm que treinar seus funcionários na área. Como forma de resolver esse problema, ele está trabalhando lado a lado com Nelson Baumgratz, da CTS-D, para criar uma escola de instaladores em Ribeirão Preto, São Paulo. "Esse projeto vai ajudar minha empresa e outros do setor porque teremos mais profissionais no mercado."
Desafios para a indústria
Max A Bartsch reitera que a indústria audiovisual no Brasil precisa fazer mais cursos de certificação e estar melhor preparada. Mas não só este é um dos desafios para o futuro da indústria de AV em seu país, há também outros da tecnologia que devem ser desenvolvidos.
Ele ressalta que o grande desafio da tecnologia é a interface de usuário do consumidor final, "porque nós técnicos, instaladores e designers, sabemos da tecnologia, mas os usuários evitam isso embora não vivam sem ela. A indústria tem que tornar a interface do usuário final o mais fácil possível."
A experiência de 35 anos no mundo AV, faz do nosso Profissional do Mês uma autoridade qualificada para falar sobre o futuro e as expectativas que a indústria tem em seu país e na região. Ele garante que há uma grande oportunidade, especialmente nos sementos relacionados à automação e controle de luz, pois há mais aparelhos e dispositivos que se conectam com a automação residencial e o que se qualifica como a grande ideia do século passado: a internet. "Eu sempre disse, a equipe que nasceu sem um conector RJ45, nasceu natimorta."
Ele também considera que a evolução da indústria de AV em seu país está indo muito rápido, devido ao crescimento da economia e à globalização do Brasil. Mas não há muito sobre educação. "A prioridade de educar instaladores e designers. É um novo mundo aqui e há muito para explorar."
Sobre sua visão da indústria, ele conclui que "Meu objetivo é ajudar as pessoas a facilitar o trabalho sem perder dinheiro. Mesmo no projeto e no campo. Acredito que os consumidores precisam estar melhor e mais claramente informados sobre fazer mais investimentos em VA, seja para o trabalho ou para casa, e para o governo usar essas tecnologias. Além disso, os funcionários que vão para a escola e estudam cada vez mais. Dessa forma, eles terão mais experiência e ganharão mais dinheiro."
Sua mão direita
Uma das pessoas mais importantes para Max A Bartsch, tanto pessoal quanto profissionalmente, é sua esposa Fabiane. Ela não é apenas parte de sua família, ela também tem uma participação ativa na indústria de AV com conhecimento em fibra óptica e rede estruturada. Ambos lideram a empresa da família, Bart Servicos. "Minha mão direita é minha esposa. Dentro da empresa ele é quem cuida da parte financeira e organiza o calendário de viagens e reuniões".
Como um bom brasileiro, ele é um fã de futebol. Não só o de seu país, já que ele também gosta de futebol americano, sendo fã do San Francisco 49. Ele atualmente faz algum treinamento de condicionamento físico. A música é outra de suas paixões. Seu gênero favorito é o rock and roll progressivo, de bandas como Genesis, Yes e outras antigas.