Sergio Iván Galindo Morán, fundador e gerente geral da Vosmedia, é apaixonado por empreendedorismo e conhecimento, especialmente eletricidade como área de estudo.
Por Iris Montoya Ricaurte
Sérgio nasceu em 1972 na Guatemala, especificamente em Mazatenango, uma cidade, a 3 horas da capital, com importantes dinâmicas comerciais devido à sua proximidade com o México e porque, durante o século XX, foi o ponto de travessia e encontro das ferrovias sul e ocidental. Em sua família, ele ficou em segundo lugar entre quatro crianças, dois homens e duas mulheres que tiveram seus pais.
Quando criança, ele tinha um gosto marcante pelo que agora chamamos de automação residencial, porque ele inventou, de forma rudimentar, com o que tinha em mãos, controles para a entrada de seu quarto. Ele também criou um controle central para iluminação, bem como aparelhos para conectividade telefônica e para a antena de televisão comunitária em sua casa.
Em geral, pode-se dizer que parte de sua personalidade foi moldada por sua educação, onde ele encontrou sua vocação desde cedo. No básico, das séries 7 ao 9, estudou em um instituto onde pôde experimentar 12 áreas vocacionais diferentes, das quais optou pelo aprendizado da eletricidade. Nos anos seguintes, no bacharelado, correspondente às notas 10 a 12, recebeu formação em instituto técnico com pedagogia alemã do pós-guerra, onde também possuía ensinamentos na área de eletricidade, com a particularidade de que a metodologia daquela instituição era 2/3 prática e 1/3 teórica.
Seu ensino superior ocorreu na Universidade Estadual, anos em que continuou a cultivar seu hobby acadêmico adquirido pela escolha da engenharia eletrônica como profissão. No entanto, ele teve que superar um grande desafio durante esse tempo, no qual ele teve que mostrar força para alcançar seus objetivos, porque ao mesmo tempo ele estudou ele era um trabalhador em tempo integral.
Portanto, algum tempo depois, quando decidiu fazer pós-graduação, mudou sua estratégia e fez uma pausa no trabalho, para que pudesse se dedicar plenamente ao seu Mestrado em Negócios (MBA) com especialização em empreendedorismo, que estudou no Tecnológico de Monterrey, no campus da EGADE, no México, onde passou 18 meses.
Agora, ao falar sobre sua vida profissional, Sergio divide essa experiência em duas grandes fases; primeiro ele foi empregado, depois tornou-se um empresário e empresário. Como funcionário, trabalhou por 16 anos como integrador de automação industrial para a Siemens e a Rockwell Automation, nesta empresa com produtos Allen-Bradley.
Posteriormente, viu a necessidade de dar uma volta profissional à sua vida e empreender, para a qual se preparou por 18 meses, justamente enquanto estudava seu MBA, para lançar o VOSMEDIA, inicialmente como um projeto para formalizar sua oferta como integradora, que ao longo do tempo cresceu para se consolidar como uma empresa que, hoje, conta com 27 colaboradores e 17 anos no mercado.
Entrada na indústria av
Sérgio diz que durante sua estadia em Monterrey e na Cidade do México ele teve o propósito, como um desafio pessoal, de conhecer diferentes indústrias. Destacam as indústrias de telecomunicações e microprocessadores, logística apoiada pela tecnologia RFID, robótica, biomems (micro sistemas biomédicos eletromecânicos) e multimídia, que inclui áudio, vídeo, iluminação e automação. "Para isso participei de diferentes congressos, seminários, exposições, lançamentos, feiras e intercâmbios. Para concluir que, embora juntos estivessem surgindo e de grande potencial, nem todos estavam classificados no que eu precisava para alcançar um impulso de oportunidade em meu país, a Guatemala. Por isso decidi sobre a indústria multimídia, focada em automação residencial e inmomática."
Entre o pessoal e o profissional: desafios futuros
Em relação aos seus desafios pessoais, este engenheiro admite que "para um empreendedor e empreendedor é difícil separar seus papéis com aqueles que eles têm na empresa, pois eles estão intimamente ligados. No entanto, é benéfico ser capaz de fazê-lo. Então, eu gostaria de ter mais tempo para conhecer lugares, pessoas e novas oportunidades, sem ter o compromisso de cumprir uma agenda de trabalho abrangente."
Aprofundando-se no campo profissional, Sérgio é enfático que a atual mudança de paradigma econômico e social renovou as formas de interagir nos diversos cenários comerciais. "Antes, os modelos de negócios podiam durar décadas. No entanto, a pandemia passou a exigir mudanças radicais nos negócios, de modo que os passos que não ousamos tomar por anos, agora estamos tomando e esperando por resultados urgentes."
Concluiu que, em seu papel de integrador de projetos multimídia, enfrenta diariamente a moderação de variáveis que se sobrepõem, no momento, de forma pouco harmoniosa, com grande tendência ao local:
"É como se nós acordamos de um pesadelo de 2 anos para descobrir que tudo mudou. Temos as necessidades de clientes cada vez mais exigentes, para soluções boas, bonitas, baratas, rápidas, acessíveis, modulares, flexíveis, ágeis e em nuvem. Ao mesmo tempo, devemos negociar com as capacidades dos fabricantes, que permanecem lentas, caras, condicionais, restritivas e contratuais. Por outro lado, enfrentamos essas duas constantes em um intermediário logístico, econômico e geopolítico que não termina de subir, o que propõe até mesmo um retorno à regionalização de produtos e serviços, o que exige habilidades locais que não tínhamos desenvolvido, devido à globalização a que nos acostumamos e que estávamos promovendo."
Para Sérgio, a pandemia expôs o suposto avanço que acreditávamos ter alcançado na humanidade e representado um "divisor de águas" em nossa história, que envolve as grandes necessidades humanas não resolvidas (como saúde, educação, transporte e trabalho), as grandes ofertas tecnológicas que não são muito inclusivas (onde ele nomeia o IoT, o 5G e o metaverso), com as grandes lacunas no desenvolvimento humano integral. "
Por fim, em relação aos seus objetivos, Sérgio diz, da área profissional, que está de olho na expansão de sua empresa e, eventualmente, em ter novos empreendimentos.
De escritório cinza a verde florestal
De tempos em tempos, Sergio Galindo, muda os espaços de escritório para cenários onde se perde em uma paleta de tons verdes, pois combina seu trabalho com atividades ao ar livre, onde o ambiente urbano é inexistente e a natureza conquista o limite do horizonte.
O fundador da Vosmedia diz que seus hobbies incluem caminhar e explorar lugares naturais, como florestas, selvas, montanhas e rios. Viagens que faz com sua esposa Martha Beltrán e, eventualmente, com seu sobrinho Luis Fernando Galindo, com quem compartilha esse gosto. Ele diz com carinho que seu casamento, uma união que ocorreu quando ambos tinham 40 anos, os transformou como um casal em uma espécie de caminhantes, pois eles apreciam paisagens, lugares históricos, espaços artísticos, museus e concertos juntos.