Chile. Devido ao crescente número de projetos astronômicos que estão sendo realizados no Deserto do Atacama, no norte do Chile, o Ministério do Meio Ambiente publicou uma nova regulamentação pela qual regula a iluminação artificial nas cidades.
Esta norma, que entrará em vigor em um ano, eleva aos padrões internacionais a regulamentação para prevenir a poluição luminosa, modernizando-a e combinando-a com outras regiões onde são realizadas pesquisas astronômicas, como Itália, Espanha e Estados Unidos. As regiões de Antofagasta, Atacama e Coquimbo serão afetadas principalmente.
A norma inclui outras fontes que não foram regulamentadas, como avisos e sinais luminosos, além de aumentar as exigências para luminárias públicas. Ele força a manter baixos níveis de fluxos hemisféricos mais altos de luz, evitar a dupla iluminação e emissão em faixas espectrais próximas ao azul.
Este é mais um passo que o Chile dá para cumprir seu propósito de se tornar um polo de desenvolvimento astronômico global, através da concentração de cerca de 70% dos observatórios mais importantes do mundo.
Vale lembrar que, no final do ano passado, o Deserto do Atacama foi palco do Seminário Internacional Noite Zero, no qual 50 cientistas, empresários, acadêmicos e pesquisadores de três continentes concordaram em promover um trabalho global para reduzir a poluição luminosa.
Além disso, o governo chileno está buscando a certificação "StarLight", que garante espaços que tenham condições ideais para o céu escuro.