América Latina. A integração de áudio e vídeo para prover soluções de negócios pode ser analisada de mil maneiras.
De fato, em cada segmento do que antes se chamava de convergência, os integradores buscam aprimorar seu diferencial, dada a enorme concorrência que existe em termos de inovação e ciência aplicada para o desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação, mesmo (embora seja menos glamourosa ou massiva) onde o que se comercializa é infraestrutura, mais do que o desenvolvimento de softwares ou os conteúdos a serem divulgados.
Assim, pode-se dizer que as rupturas que ocorrem regularmente nesse campo provocam a formação de um universo no qual coexistem pelo menos dois planos:
a ) de um lado, o que tem mais e melhor publicidade, leia-se, todos os serviços B2C (ao consumidor final) em que não vale mais a pena explicar que tudo tende a ser integrado repetidas vezes por força da Inteligência Artificial, capacidade computacional, armazenamento e implantação na nuvem, e potência do dispositivo;
b) Por outro lado, médias e grandes empresas redobram seus esforços para garantir suas próprias integrações de acordo com seus orçamentos, necessidades e contexto.
Claro, o que ele nos pede aqui é para explicar o ponto b) do cenário desagregado acima, dado que basta dar uma olhada nos enormes pacotes de ferramentas digitais que as Big Tech oferecem, para perguntar qual é o motivo subjacente que justifica a criação do mercado de integração de áudio e vídeo B2B. ou seja, para empresas, específicas e diferentes do que comumente vivenciamos em nossos dispositivos móveis, computadores, Smart TVs, etc.
Bem, uma das chaves é a segurança
Em off, conversando com um alto executivo da Nokia para a América Latina, ele apontou que "é perfeitamente impossível obter um dado do meu computador, no caso de alguém acessá-lo sem minha permissão (...) Todas as nossas comunicações internas são encriptadas, ao ponto de o conteúdo que partilhamos entre os vários países em que a empresa opera, ser inacessível para o exterior, porque viaja pela intranet e estamos constantemente a testar a sua capacidade de resistir a ataques ou ser violado por hackers..."
Além das ferramentas que a empresa do meu interlocutor usa para manter seguras as informações sensíveis que circulam entre seus cerca de 100 mil funcionários, os dados sobre ataques cibernéticos explicam um pouco suas falas. Ver.
De acordo com a Statista, no primeiro trimestre de 2022 os ataques de ransomware – sequestrando dados para uma empresa e pedindo pagamento em troca de sua liberação – em todo o mundo totalizaram mais de 236 milhões.
Os hackers também são capazes de penetrar com sucesso em 93% das redes corporativas, de acordo com um relatório da Positive Technologies, resultando em perdas de mais de US$ 200 milhões em todo o mundo.
E embora quando falamos em cibercrime geralmente pensemos em softwares ou sistemas digitais mais seguros (ou shields, ou todo tipo de soluções virtuais) o primeiro passo para garantir qualidade e segurança nas comunicações corporativas é buscar integradores de robustez e qualidade.
"Temos todo o nosso sistema de comunicação encriptado, com identificação e acesso multifatorial, e contratamos serviços de intranet e integração para determinados processos de formação, por exemplo" é outra das declarações que a conversa informal com o meu confidente me deixou.
O hardware é fundamental e continuará sendo. Empresas como a Audinat, por exemplo, oferecem controle e monitoramento em tempo real de todos os processos de tráfego de dados da empresa. Eles fornecem integração de qualidade, mas não negligenciam que a rede e o armazenamento são essenciais para manter a comunicação segura.
Portanto, não há dúvidas de que a segurança das telecomunicações será um dos eixos fundamentais no próximo IntegraTEC, onde os mais importantes players do setor se reunirão novamente para melhorar o setor.
Texto escrito por Mauro Berchi, especialista em inovação tecnológica, focado em fenômenos como IA, Blockchain, cidades inteligentes, entre outros.