Internacional. O Índice de Prosperidade Econômica e Produtividade Energética 2015, lançado em fevereiro, revela o enorme potencial das sociedades para elevar o desenvolvimento econômico e ampliar significativamente os benefícios ambientais e sociais por meio da melhoria da produtividade energética.
O Índice, elaborado pelo Conselho de Lisboa, Ecofys e Quintel Intelligence e encomendado pela Royal Philips, é o primeiro relatório global a classificar os países por sua produtividade energética, com base em seu desempenho econômico por unidade de energia consumida. O relatório alerta que a taxa atual de melhoria na produtividade energética – cerca de 1,3% ao ano globalmente – é muito lenta para acompanhar o crescimento da demanda de energia.
O relatório revela que a maior parte dos ganhos de produtividade energética terá que vir de melhorias em edifícios residenciais e não residenciais. Um exemplo simples de produtividade energética é ferver um ovo, onde apenas 2% da energia consumida é usada para produzir o ovo cozido. Da mesma forma, aproximadamente 98% de toda a energia que usamos no processo de produção está sendo desperdiçada.
Somente aumentando o uso da tecnologia disponível hoje, como dispositivos de economia de energia, iluminação LED e isolamento, as famílias europeias poderiam reduzir suas contas de energia em um terço. Por outro lado, o consumo total de energia na UE poderia ser reduzido em 35% dobrando a taxa de melhoria da produtividade energética da região de cerca de 1,5% para 3% ao ano até 2030.
O relatório exorta os políticos a estabelecer metas mais ambiciosas para melhorar a produtividade energética. Isso mostra que altos níveis de eficiência energética contribuirão para o crescimento econômico global: dobrar a produtividade energética pode criar mais de 6 milhões de empregos globalmente até 2020 e reduzir a conta global de combustíveis fósseis em mais de 2 trilhões de euros até 2030. Para alcançar esse objetivo, é importante continuar a fazer progressos nas seis maiores economias do mundo – Estados Unidos, Rússia, China, Japão, Índia e UE – pois representam 60% do PIB global e 65% da demanda global de energia.
Destaques da produtividade global de energia:
• O índice classifica os países com base no PIB que produzem para cada unidade de energia que consomem. Isso difere da eficiência energética, o que significa usar menos energia para oferecer o mesmo serviço.
• Hong Kong liderou a lista com uma produtividade energética de € 456 bilhões do PIB por hexajoule (um quintilhão – 1018 – Joules) consumido. Cuba ficou em segundo lugar, com 365 bilhões de euros de PIB por hexajuly. Colômbia, Cingapura e Suíça estão entre os cinco primeiros.
• O Reino Unido ocupa o 26º lugar, atrás de países como Sri Lanka, República Dominicana, Gabão, Filipinas e Albânia. Outras nações líderes ficaram ainda mais atrás com a Alemanha em 35º lugar, a Holanda em 40º, o Japão em 51º, a França em 56º e a Índia em 72º.
• Os Estados Unidos, que se comprometeram a dobrar sua produtividade energética até 2030, estão na 87ª posição. China em 111º lugar e Rússia em 114º lugar – ambos os países com produtividade energética bem abaixo da média global de 143 bilhões de euros.