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Brasil, onde todos querem estar

Embora nos últimos dois anos a economia brasileira tenha desacelerado sua taxa de crescimento, grandes empresas e fabricantes de AV continuam a ver o país como uma terra de oportunidades na América Latina.

Por AVI Latin America


Cerca de 8,5 milhões de quilômetros de superfície, o equivalente a 47% da América do Sul, fronteira com todos os países da região, exceto Chile e Equador, são alguns dos dados que refletem por que o Brasil é o país mais importante da América Latina. Mas não só por causa de seu tamanho, mas também por causa de sua economia.

Com base no Produto Interno Bruto, no PIB, no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial, o Brasil identifica o Brasil como a maior economia da América do Sul, a segunda do continente depois dos Estados Unidos e a sexta do mundo, embora muitos digam que em breve estará na quinta, além de ter uma paridade no crescimento do poder aquisitivo. No nível regional, cerca de 50% da produção industrial está concentrada no país.

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Em matéria trabalhista, segundo dados do Ministério do Trabalho, o Brasil tem mais de 90 milhões de pessoas no mercado de trabalho. 65% são empregados, 22% são autônomos, 5% são empregadores e os 8% restantes incluem aprendizes e voluntários. A região sudeste, a mais populosa do Brasil, concentra 52% da força de trabalho do país. O emprego formal está concentrado nos setores de manufatura 65,34%, serviços 27,96% e agricultura 6,7%.

Para alcançar esse nível de desenvolvimento, o Brasil primeiro fortaleceu sua estrutura interna para que pudesse se abrir para o mundo. Sem dúvida, um dos dados mais marcantes é sua infraestrutura de transporte aproveitando todos os recursos: terra, ar e mar. Segundo dados do Ministério dos Transportes, o país possui cerca de 4.000 aeroportos, 1,8 milhão de quilômetros em estradas, 28.857 quilômetros de rede ferroviária, 37 portos e uma rede fluvial de 50.000 quilômetros de rios navegáveis.

Essa infraestrutura permitiu que ela tivesse uma alta atividade industrial reconhecida internacionalmente e focada em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Salvador da Bahia, Recife e Fortaleza.

Suporte a P&D
Como parte fundamental de seu fortalecimento, o Brasil tem promovido pesquisa e desenvolvimento por meio de benefícios para empresas que desejam realizar atividades no país, com medidas que incluem incentivos fiscais e linhas de financiamento reembolsáveis e não reembolsáveis. Além disso, as empresas se beneficiam da redução de custos, de uma mão de obra altamente qualificada e do acesso a uma cadeia de suprimentos desenvolvida.

Este programa é apoiado por agências federais e organizações responsáveis pela promoção da P&D. Entre eles estão: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq; Instituto Nacional de Metrologia, Padronização e Qualidade, Inmetro; e Banco Nacional de Desenvolvimento, BNDES.

Além disso, possui 31 centros de tecnologia, abrangendo diferentes setores da economia. Outros 17 estão em implementação e 32 estão sendo projetados. O investimento público brasileiro em pesquisa e desenvolvimento cresceu, atingindo 1,25% do PIB em 2011.

Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, conhecida como Apex, como resultado desse processo, o Brasil está entre os 15 maiores produtores de conhecimento científico do mundo e define os padrões de exploração de petróleo em águas profundas, em aeroespacial, agronegócio, telecomunicações e design de software.

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Indústria AV presente
No desenvolvimento industrial brasileiro, a tecnologia tem desempenhado um papel importante. Obviamente, a indústria audiovisual não tem sido alheia ao desenvolvimento do Brasil e tem sido capaz de aproveitar os programas supracitados. Além disso, sediar a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, bem como uma economia com crescimento consecutivo na última década, tornaram o país o principal consumidor de soluções audiovisuais da região.

Essa importância é reconhecida com a chegada e recepção da feira TecnoMultimedia InfoComm, que pela primeira vez é realizada no Brasil este ano. Para isso, a InfoComm International, que conta com Rodrigo Casassus, cts, à frente da América Latina, decidiu criar uma gestão específica para o país e desde janeiro de 2014 Nelson Baumgratz, CTS – D, lidera essa posição.

O mais interessante é que o Brasil não é apenas um consumidor de soluções audiovisuais. Graças às políticas governamentais de desenvolvimento industrial e tecnológico, hoje possui soluções AV para a criação local. Além disso, grandes marcas de AV têm presença direta no país e há uma tendência crescente de estabelecer suas sedes regionais e plantas de produção por lá. Isso é confirmado por Nelson Baumgratz, CTS – D, ao garantir que muitas empresas estrangeiras continuem a ver o Brasil como uma terra de oportunidades.

Os estados brasileiros que se destacam pelo desenvolvimento tecnológico para a indústria de AV são São Paulo, onde a maioria das empresas estão concentradas e o Rio Grande do Sul, onde também estão sediadas importantes empresas para o setor.



Mas quais são as expectativas de crescimento da indústria de AV no Brasil? Continua a tendência dos últimos anos, em que a indústria mundial estava crescendo cerca de 13% ao ano. Será ainda melhor esperar a publicação do estudo de mercado de 2014 elaborado pela InfoComm, e que pela primeira vez terá dados regionalizados por alguns países da Latam, e o Brasil será um deles.

"A indústria audiovisual no Brasil tem um panorama de possibilidades, depois de um momento de decepção, pois esperava-se que a Copa do Mundo gerasse muitos negócios no mundo AV, mas não aconteceu tanto assim. Na verdade, devido à tanta falta de planejamento geral do país sobre a questão da Copa, muitas grandes empresas que normalmente tomavam serviços de AV cancelaram seus planos para o primeiro semestre. Isso teve um impacto enorme no curso de aluguel e encenação", acrescentou Nelson Baumgratz, CTS – D.

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Presença internacional
O Brasil alcançou uma posição importante no comércio internacional. Hoje tem relações econômicas com cerca de 100 países, entre os quais a União Europeia se destaca com 26%, Mercosul e América Latina com 25%, Ásia com 17% e Estados Unidos com 15%. 74% das mercadorias exportadas são fabricadas ou semi-fabricadas e entre seus principais produtos de exportação estão  aeronaves e equipamentos eletrônicos.

E justamente para fortalecer esse mercado e a presença internacional, o país conta com a Apex, organização diretamente ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, responsável por promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentoestrangeiro para setores estratégicos da economia do país. A Agência trabalha para unir compradores internacionais aos melhores e mais inovadores produtos da indústria brasileira.

Possui estrutura que inclui sua sede em Brasília, capital federal, unidades de serviços nos Estados Brasileiros e Centros de Negócios nos principais mercados globais, como Miami, Estados Unidos; Moscou, Rússia; Luanda, Angola; Pequim, China; Bruxelas, Bélgica; Dubai, Emirados Árabes Unidos; e Havana, Cuba.

Outra das associações que busca o crescimento do mercado brasileiro no mundo, mas focada em tecnologia, é a EletroElectrónicos Brasil, formada por empresas que desenvolvem produtos, soluções e serviços de alto valor agregado para diferentes mercados, com o apoio do Governo Federal, por meio da Apex. O projeto busca ampliar a participação no mercado internacional de empresas brasileiras no setor, por meio do aumento das vendas de itens com maior valor agregado.

A gestão está sob responsabilidade do Sindicato das Indústrias de Equipamentos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Electrónica, o Sindvel, instituição que reúne cerca de 150 empresas da cidade de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, região mais conhecida como Vale da Electrónica. Atualmente, conta com a participação de empresas de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Graças ao tamanho de sua economia, o Brasil faz parte de grupos de países que trabalham para fins comuns e com alto poder, como o G20 e os BRICS, siglas para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, um grupo que tem em comum uma grande população, extensão territorial, recursos naturais e potencial econômico, características que os tornam altamente atraentes para investimentos.

Expectativas mais baixas
Os últimos dois anos não foram fáceis para a economia brasileira. Apesar de ter crescido para números elevados durante a crise internacional iniciada em 2008, mesmo registrando um crescimento de 7,5% em 2010, para 2011 teve um recuo e o crescimento foi de 2,7% e em 2012 caiu para 0,9%, números que dispararam alarmes e que o governo explicou na época como consequência da crise nos países desenvolvidos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, para 2013 o crescimento foi de 2,3%, que embora tenha superado o ano anterior, continua gerando medo do que pode acontecer em 2014. De fato, em abril deste ano, o Banco Central elevou suas taxas de juros pelo nono mês consecutivo, atingindo uma taxa Selic de referência de 11%.

A indústria audiovisual não tem sido alheia a esses fenômenos. Como nelson Baumgratz, CTS-D, veja: "Agora estamos passando por algumas tempestades e agora estamos recebendo os menores índices de balança comercial de todos os tempos. Mas o país é muito grande, todas as grandes empresas do mundo estão instaladas aqui, e isso empurra as possibilidades. Então ainda é interessante investir no país. Além disso, todas as crises geram oportunidades. Em crises, as empresas ainda precisam se comunicar, e esse é o negócio do mundo profissional de AV."

Richard Santa, RAVT
Richard Santa, RAVTEmail: [email protected]
Editor
Periodista de la Universidad de Antioquia (2010), con experiencia en temas sobre tecnología y economía. Editor de las revistas TVyVideo+Radio y AVI Latinoamérica. Coordinador académico de TecnoTelevisión&Radio.


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