Na CEDIA 2010 pôde-se observar que hoje não há limites em termos de adaptação eletrônica personalizada dos domicílios. Há tanta tecnologia disponível que os usuários podem sentir que estão longe de casa hoje.
Por Julián Arcila
Setembro de 2010 marcou uma nova edição do CEDIA, a convenção mais importante do planeta quando se trata de instalações eletrônicas personalizadas para a casa. No Centro de Convenções de Atlanta, Geórgia, os últimos avanços no entretenimento para aqueles que querem fazer de sua casa um verdadeiro centro de recreação foram exibidos por quatro dias.
Para descrever esta convenção, pode-se dizer que é um espaço onde as notícias tecnológicas convergem, em plena execução, somadas a uma ambiciosa agenda educacional. Os fabricantes fizeram suas coisas montando microespaços de treinamento para visitantes. Um ponto bastante importante foi a geração de experiências, que, em tecnologia, é comprovadamente a melhor estratégia para convencer os compradores a adquirir uma nova solução.
Foram vários elementos a destacar, como a presença de um espaço de assuntos públicos onde a organização (CEDIA) relatou uma série de projetos de lei apresentados em várias legislaturas estaduais e que estavam de alguma forma relacionados à indústria eletrônica residencial. Muitos integradores e visitantes entraram em contato para saber sobre os impactos que um ou outro projeto poderia ter em seus negócios.
A AVI Latin America percorreu os corredores da feira e conversou com vários expositores para conhecer sua oferta tecnológica e entender as questões que aquecem a indústria nos dias de hoje. Para dar uma prévia, a eficiência energética e o 3D foram erguidos como as duas dicas das quais os fabricantes vão pendurar para crescer seus negócios. Você não pode deixar de fora o Ipad, que graças ao seu recente lançamento mostrou-se como a grande estrela da integração graças ao fato de que cada fabricante que poderia mostrar como seus sistemas se integravam com a nova maravilha tecnológica.
Telas fortes na América Latina
A Da-Lite é uma empresa dedicada ao desenvolvimento da projeção. Na CEDIA, a escritora entrevistou Wendy Long, vice-presidente de Marketing, que fez alguns comentários sobre o que está acontecendo com seu mercado.
Para começar, Wendy explicou que a empresa de fabricação está tendo uma grande penetração na América Latina, uma região que vai gerar entre cinco e oito por cento dos negócios globais da empresa, tanto nos setores comercial quanto residencial. "Trabalhamos em muitos mercados da região. Obviamente, México e Brasil são as maiores economias e nossos principais mercados, mas temos boa representação em quase todos os lugares. É importante levar em conta que vendemos diretamente para o mercado", disse o executivo.
Sobre as novas tendências, Wendy comentou sobre o desenvolvimento de soluções para o setor de projeção de alta definição. "Poderíamos falar sobre o sistema de mascaramento de imagens multiforme. Esta solução foi projetada para o mercado de home theater, um segmento que exige telas que podem apresentar diferentes opções de imagem, mantendo uma altura definida. Este sistema permite tamanhos de até 16 pés de largura."
Isso se torna importante se levarmos em conta que as principais demandas do setor comercial estão do lado das salas de conferência e treinamento, e que o segmento educacional definitivamente ainda está instalado como um dos mais consumidos.
Encurta a distância entre 2D e 3D
CEDIA foi o batismo de sistemas 3D para o segmento residencial. A AVI LATINOAMÉRICA já havia feito suas consultas na InfoComm e vários integradores profissionais concordaram que o 3D ainda é um aplicativo para a casa. A CEDIA confirmou isso.
Assim, cada fabricante está fazendo suas apostas para lançar a solução mais inovadora do mercado, mas a partir de agora parece que o nicho está em transmissões esportivas e videogames. Entre essas iniciativas está a da LG, empresa que lançou a tela de plasma PX950, que segundo Carlos Leshhorn, vice-presidente de vendas da empresa para a América Latina, é a única tela 3D certificada pela THX, além de também trabalhar com sistemas 2D -convencionais de sinal-convencional..
"A THX basicamente certifica a qualidade da imagem. É o primeiro esmuto HDTV 3D certificado por esta empresa, fundada por George Lucas. Claro, primeiro essa referência teve que passar no teste e ser certificada em 2D; Para isso, a equipe passou por mais de 400 testes laboratoriais onde a precisão de cores nas imagens do olho direito e do olho esquerdo, ângulos de visão e desempenho no processamento de vídeo foram revisados. Todo o processo levou mais de um ano", disse Carlos.
Integração para todos
Como mencionado acima, a integração de sistemas foi outra das novidades deixadas pela CEDIA. Como dizem lá fora, a tecnologia é desenvolvida para simplificar a vida dos seres humanos e, nesse sentido, a automação residencial cumpre perfeitamente essa tarefa. No entanto, há automação para todos e, claro, para todos os orçamentos.
Neste segmento Crestron e AMX se destacam, mas a demanda dos usuários deixou a porta aberta para várias empresas começarem a oferecer soluções para este segmento. Um deles, o Control 4, foi visitado pela AVI LATINOAMERICA para conhecer a opinião de seus gestores diante dessas possibilidades de negócio oferecidas pelo mercado hoje.
James Avetta, gerente de vendas, disse, para começar, que o mercado está se desenvolvendo mais a cada dia, falando especificamente da América Latina. "Atacamos não o segmento high-end, mas um mercado que sabemos que pode adquirir esses produtos e a verdade é que os preços são tão acessíveis que muitas pessoas, que podem não conseguir pagar as principais marcas do mercado, com C4 podem experimentar automação residencial", disse.
Avetta, que garantiu que seus clientes/distribuidores falam de um consumidor mais familiarizado com a tecnologia, falou da tecnologia ZigBee, o padrão sem fio que, juntamente com o X10, tornou-se a bandeira da automação residencial. Como ele explicou, nas instalações com C4 eles são baseados neste protocolo, pois se destaca por sua estabilidade. Ele trouxe à tona o caso de trabalho concreto. "Imagine que você vive na América Latina, sua casa é antiga e são as paredes de concreto puro. A fiação lá seria quase impossível, mas com a tecnologia que usamos podemos reajustar uma casa para que os controles de iluminação e outras características que não teriam sido possíveis antes possam ser instalados", disse o executivo.
Nesse nicho há várias necessidades a serem resolvidas, entre as quais a necessidade de simplificar o controle dos dispositivos habitacionais, reduzir o consumo de energia e aumentar a segurança dos ocupantes da casa por meio da ligação de sistemas eletrônicos de segurança.
Ao final, o representante do C4 se referiu ao mercado latino, onde destacou o Brasil e o México como seus principais mercados, situação que ele atribuiu ao fato desses dois países juntos reunirem grande parte da população latino-americana. No entanto, ele fez um comentário final sobre o qual devemos estar muito cientes: "Em geral, há vários mercados que estão se destacando, mas devemos prestar atenção à Nicarágua, um mercado que cada vez mais mostra mais facilidades neste campo".