A associação é entendida como a união de indivíduos ou organizações com um propósito específico.
Agustín Becerra*
Sendo a Digital Signage uma indústria emergente no mundo, com no máximo 15 anos de estabelecimento no mercado global, não mais do que 10 anos na América Latina e crescendo em saltos e limites, com taxas de crescimento anual em torno de 20% em relação ao ano anterior, com grandes marcas internacionais envolvidas e orçamentos que no final de 2017 eram cerca de 16 milhões de dólares em vendas anuais, Valeria a pena entender por que tem sido tão complicado fazer com que as empresas vejam na figura da associação uma oportunidade de formalizar, padronizar, profissionalizar, massificar e comercializar, entre outras coisas, a sinalização digital.
Entendendo que existem players internacionais, fornecedores, integradores, empresas multinacionais. Acredito que uma parceria poderia contribuir para o desenvolvimento da indústria, consolidando todos os players do mercado em um só lugar. Vamos nos colocar no cenário de que uma marca chega ao país procurando quem a representa, ou uma multinacional procurando quem possa apoiá-los na implementação de um projeto, ou qualquer um de nós como uma empresa que procura apoio para instalar, produzir conteúdo ou gerenciar uma rede de telas. A forma mais prática deve ser ir para a associação e, assim, poder apoiar sua exigência, como José Avalos da Intel me disse uma vez, "se o bolo for maior, maior será a porção para cada um".
Entendo que em toda a América Latina tem sido uma tarefa complicada fazer esse modelo de trabalho funcionar. Na Colômbia, com a ajuda de Roí Iglesias, atual Diretor Associado da Altabox, ex-CEO da Neoadvertising, uma das mais importantes empresas europeias de sinalização digital, visitamos em setembro de 2013 o IAB na Colômbia, e com o total apoio de Olga Britto, sua diretora no país, criamos o Comitê de Sinalização Digital na Colômbia, replicando o trabalho que o IAB desenvolveu na Espanha, onde não só foi buscado gerar um espaço acadêmico para profissionalizar a indústria, mas, por sua vez, geraria estudos sobre a participação e crescimento que a Sinalização Digital tinha no país.
4 das principais empresas do país fizeram parte deste comitê. Tivemos algumas reuniões difíceis de agendar, devido à disponibilidade de cada uma, e não pudemos avançar na tentativa de estruturar uma via de trabalho coordenada, Olga, buscando dar continuidade ao grande apoio do IAB, gerado através da Universidade Jorge Tadeo Lozano, na Colômbia, um espaço no Diploma de Publicidade Online onde foi aberto o módulo de Sinalização Digital, e fui escolhido para ditar essa cadeira, durante 5 versões do diploma que vão até hoje, que o espaço acadêmico foi mantido onde falamos sobre a indústria, seu crescimento, seus principais fatores e exemplos de casos bem-sucedidos de implementações no mundo.
Através da AVIXA buscamos gerar espaços acadêmicos dando webinars e conferências e, finalmente, a Associação de Sinalização Digital da América Latina através de Karla León também abriu um espaço na versão mais recente do InfoComm Colômbia para ensinar sobre o setor.
Você pode pensar que, embora todas as empresas na Colômbia tenham boa disposição e seus gestores sejam muito amigáveis, cada uma está focada no crescimento de sua empresa, cada uma tem uma visão diferente de como pode ter uma melhor participação no mercado e cada uma delas está atualmente baseada em seus objetivos.
Talvez pela imaturidade do mercado, ainda não foi o momento de a oportunidade de consolidar esse modelo de parceria. O importante é que o mercado cresce cada vez mais a cada dia, cada vez que está mais maduro no país, já passamos de simplesmente colocar telas que em muitos casos era uma televisão simples com uma USB para exigir um software profissional de CMS, para as empresas entenderem a importância do uso da tecnologia industrial, de estar muito mais atento, que, na minha opinião, é o eixo dos projetos, na comunicação através dessas telas.
Vai amanhecer e veremos. Isso cresce a cada dia, particularmente este 2019 começou com expectativas muito boas, ainda há muito trabalho a ser feito para a Sinalização Digital na Colômbia e não se fala mais apenas de telas para publicidade ou eventos, também nos setores corporativos, varejo, bancos, seguros, transporte, saúde e outros que são os consumidores desta indústria no mundo.
*Agustín Becerra é o CEO regional do Pixel Media Group.