
por Maria Cecília Hernández
Joaquín é gerente da empresa colombiana Big Video Ltda. que tem mais de 15 anos de experiência prestando serviços de tecnologia multimídia, circuito fechado de televisão, animação, vídeo, luzes e som para diversas empresas, eventos especiais, shows, ativações de marca e lançamentos.
Seu selo diferenciado é a qualidade dos equipamentos que eles usam: a Big Video não economiza na aquisição da melhor tecnologia com o objetivo claro de não decepcionar seus clientes. Talvez seja por isso que essa empresa é uma das mais experientes e reconhecidas no mercado de áudio e vídeo no país e é por isso que seu gestor nos acompanha nesta edição como Profissional do mês.
Trabalhando desde a infância
Este homem nasceu em Bogotá em 18 de julho de 1964 e dez anos depois começou a trabalhar.
Ele não chegou à adolescência quando já resolveu seus problemas de trabalho: "Comecei a trabalhar em uma farmácia e depois em um armazém, ao mesmo tempo que estudei na Escola Mariano localizada em Santandercito, Cundinamarca, mas nem mesmo estando lá eu perdi meu tempo livre, no momento do descanso eu frequentava meus colegas na loja da escola", lembra o empresário.
Ao se formar no ensino médio, ele teve alguma experiência como trabalhador da construção civil, mas logo depois foi recrutado para o Serviço Militar Obrigatório. "Quando saí do exército decidi me matricular no programa de Engenharia Mecânica da Universidade da América. Só fiquei lá por seis semestres porque senti que não me preenchia de satisfação", confessa Joaquín.
Por tradição, aqueles que decidem estudar carreiras como medicina, direito e até mesmo alguma engenharia são admirados, ao contrário do que acontece com aqueles que tomam a decisão de se dedicar a profissões como filosofia, literatura, artes, entre outras.
Perto desta última profissão está a decisão de estudar Design Gráfico, um ponto de virada na vida do nosso protagonista que pode ter parecido na época "um pouco louco e produto de uma loucura da juventude", como ele diz, mas que mais tarde se tornaria "o melhor das determinações", enfatiza.
Este era o mundo dele.
Joaquín lembra que desde o primeiro momento ele se sentiu como um peixe na água nesta corrida. "Desde os primeiros semestres da faculdade me envolvi em pequenos trabalhos de design, filmagem de casamento e videoiografia institucional. Como me senti bem a cada projeto deixou bem claro para mim que eu tinha tomado a decisão certa."
Um exemplo disso é contado pelo gerente da Big Video quando ele lembra que seu projeto de graduação foi concedido pela Universidade. "Em parceria com Juan Carlos Borrero, um colega universitário e meu atual parceiro, fizemos um documentário na Amazônia chamado Anáneko, com este trabalho fomos vencedores no Festival de Cinema de Bogotá em 1991, na categoria de melhor documentário."
Posteriormente, o empresário e sua colega universitária Karen Loewy, fizeram um importante contato com um grupo de empresários de concertos para propor que, pela primeira vez na história dos shows na Colômbia, instalem um circuito fechado de televisão (CCTV) e telas gigantes para projetar o show.
"Esse negócio significou o primeiro passo para a criação da nossa empresa, também oferecemos algo que nunca tinha sido visto no país. No entanto, trabalhamos com equipamentos alugados", diz Gutiérrez.
Um empreendedor pioneiro e inovador
Mais tarde, as ideias de Joaquín e seu amigo Juan Carlos foram abertas e com elas vieram as possibilidades de torná-las realidade. "Criamos duas empresas: a Video Acces, que se dedica à pós-produção audiovisual e a Big Video, responsável pelo aluguel de equipamentos de vídeo, telas gigantes e CFTV para eventos", explica.
Esta última empresa tomou seu nome a partir das iniciais dos sobrenomes Borrero e Gutiérrez, os sócios.
Graças ao fato de serem os pioneiros na prestação desse serviço, eles tinham tanta demanda que o fato de ter telas gigantes se tornou uma necessidade vital para a imagem e desenvolvimento do evento.
"Os artistas mais renomados que vieram se apresentar na Colômbia estavam desfilando pelas nossas telas, para que pudéssemos capitalizar para investir em equipamentos de segunda mão. Por exemplo, adquirimos projetores de 600 lúmens, um poder leve impensável para aquela época", diz Joaquín.
A empresa conseguiu se posicionar como uma empresa inovadora e criativa que fornece serviços e equipamentos de última geração. Atualmente tem sede própria em Bogotá, quinze funcionários permanentes e vários freelancers entre operadores, cinegrafistas e assistentes.
"A Big Video conta com servidores multimídia, LEDs internos e externos, projeção de cinco mil a 20 mil lumens, plasma e displays LCD de 42'' a 103'', câmeras HD e Cine Alta, televisão móvel Full HD e produtos exclusivos desenvolvidos por nós", diz o empreendedor orgulhoso, acrescentando: "Estamos nos aventurando em tecnologia 3D. Fizemos alianças estratégicas com outras empresas especializadas em produção, som e iluminação para oferecer um pacote completo."
Insistentemente Joaquín fala da importância para ele do treinamento constante de sua equipe, "eles treinam permanentemente para estarem cientes das novas tecnologias; somos membros da Infocomm e estamos nos tornando certificados. Da mesma forma, participamos de duas ou três feiras especializadas por ano e, assim, nos reconhecemos como a empresa que traz as marcas mais prestigiadas para o país."
Selamento, cinema e pesca
Com quase 20 anos de trabalho árduo na vanguarda desses projetos de negócios, o gerente da Big Video afirma a ausência de uma organização que se agrupa, regula e proteja empreendedores do setor de áudio, vídeo e iluminação do país, o que permite que empresas estrangeiras operem suas produções na Colômbia sem qualquer restrição.
Esse é o pensamento desse apaixonado por tecnologia audiovisual, amante da solidão e do cinema, cuidadoso com o bem-estar de seus entes queridos: dois irmãos, seis sobrinhos e seu tio Naun, de 91 anos, de quem ouve suas histórias e ocorrências do passado familiar: "Eu não me casei e não pretendo fazer isso por enquanto", diz.
"Minha atividade favorita é viajar, e se inclui pescar muito melhor. Quero conhecer toda a Colômbia, até agora acho que viajei 80% do país. Também estou em aulas de golfe e adoro filmes, vou a vários festivais e no próximo ano pretendo ir ao festival de Sundance em Utah, nos Estados Unidos", conclui Joaquín.
Foi assim que ele planejou sua vida, decidiu fazer apenas o que o fez se sentir completo e hoje ele vive ao máximo esperando silenciosamente por um futuro no qual ele continua a fazer o que ama.