Internacional. Embora para muitos governos latino-americanos o fato de a região ter sido capaz de superar a crise econômica internacional sem ser afetada é um sintoma de confiança de que as políticas econômicas adotadas estão no caminho certo, o Cepal lançou um alerta para os riscos de uma nova crise.
Segundo alicia Bárcena, secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, eclac, em comparação com cinco anos atrás, os países não estão mais bem preparados, porque têm níveis de dívida ligeiramente mais elevados, contas correntes enfraquecidas e percentuais mais baixos de crescimento econômico.
Ele explicou que, com a falência do banco Lehman Brothers, os países latino-americanos tiveram que fazer um esforço fiscal para sair bem da crise, mas que ainda não se recuperaram, o que faria com que, se houvesse uma saída da Grécia da União Europeia e os mercados mundiais entrassem em um alto nível de desconfiança, a região não teria muito espaço para manobras.
Mas, apesar do aviso, a América Latina continua a ter uma boa imagem no cenário internacional, com uma economia sólida e segura para investimentos. Isso é demonstrado por dados da CEPA sobre o comportamento do investimento estrangeiro direto na região durante 2011.
A entidade indicou que a América Latina e o Caribe receberam US$ 153.448 milhões de investimento estrangeiro direto no ano passado, valor que representa 10% desses fluxos globais. Esta é a maior quantidade de investimento estrangeiro que recebeu em sua história, superando a alta de todos os tempos de 2008 com US$ 137.001 milhões.
Os principais beneficiários do investimento em 2011 foram o Brasil, com 43,8%, México, Chile e Colômbia.