América Latina. A expectativa de crescimento da América Latina para 2013 foi fixada em 3,8%, com base na recuperação da Argentina e do Brasil e no dinamismo da demanda doméstica, apesar da persistência das incertezas em todo o mundo, segundo dados divulgados pela CEPAL.
Segundo o banco, a manutenção do dinamismo da demanda interna em diversas economias da região será resultado da melhora dos indicadores de trabalho, do aumento do crédito bancário para o setor privado e dos preços das matérias-primas que não sofreriam quedas adicionais significativas, apesar da alta incerteza externa.
Em relação ao ano que tem, a região terminará com uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,1%, superior ao crescimento global esperado de 2,2%, embora inferior aos 4,3% obtidos em 2011, o que mostra que a crise econômica global teve um impacto negativo, mas não dramático no continente, que manteve durante o ano alguma resiliência para enfrentar choques de origem externa.
O principal impacto da crise global na América Latina e no Caribe se refletiu no âmbito comercial, pois o crescimento do valor das exportações da região desacelerou acentuadamente, de 23,9% em 2011 para cerca de 1,6% em 2012.
O desempenho regional foi influenciado pelo menor crescimento de duas das maiores economias da região, Argentina (2,2% em 2012 contra 8,9% em 2011) e Brasil (1,2% contra 2,7% em 2011), que representam cerca de 41,5% do PIB regional. Para 2013, espera-se que ambos registrem uma recuperação (para 3,9% na Argentina e 4% no Brasil).
De acordo com o Balanço Preliminar da CEPAL, o Panamá continuará sendo a economia que mais cresce na região em 2012 (estimada em 10,5%), seguida por Peru (6,2%), Chile (5,5%) e Venezuela (5,3%). O Paraguai sofrerá uma contração de 1,8%, enquanto o México crescerá 3,8%. No geral, a América Central crescerá 4,2%, a América do Sul 2,7% e o Caribe 1,1%.