A Colômbia. Com a parede de vídeo como protagonista, os recursos especializados de hardware, software, processamento, visualização e sistemas de som, bem como dispositivos de automação, iluminação e segurança, são a base de uma indústria que na Colômbia investe cerca de 15 milhões de dólares por ano, em comparação com 100 milhões de dólares em toda a América Latina.
Para o engenheiro Germán Alexis Cortés, gerente da empresa Insetrón - especialista em automação predial e construções inteligentes -, por sua demanda por este setor no país, "os recursos tecnológicos mais utilizados para os Centros de Controle em hardware para vídeo, são o videowall, os monitores industriais, as estações de computador industriais, bem como os switches, roteadores e elementos de comunicação passiva, controladores e painéis, entre muitos outros."
Quanto ao áudio, os equipamentos mais utilizados no país para esse tipo de implementação são consoles de gerenciamento de áudio, amplificadores, microfones, alto-falantes e players, e com relação aos softwares de integração, há inúmeros recursos e marcas que se destacam no mercado.
Em contraste com os números anteriores, segundo o engenheiro Darío Ordóñez, gerente da Cosmos Sistemas Integrados (CSI), empresa integradora especializada no projeto, construção e comissionamento de centros de controle, que possui mais de 110 instalações em setores como hidrocarbonetos, telecomunicações, transporte, indústria, governo e defesa na Colômbia, Panamá e Equador, "O valor médio de um Centro de Controle é diretamente proporcional à magnitude da Operação. Um Centro de Controle de Segurança de um edifício não é comparável a uma indústria têxtil ou uma de uma usina hidrelétrica."
Pela experiência, para Ordoñez, os equipamentos que ele mais usa em suas implementações são sistemas de exibição, como videowalls, monitores LCD LED ou displays LED diretos e sistemas de processamento de sinais gráficos e de vídeo. Por outro lado, para suas instalações, sistemas de informação criptografados e criptografados para monitoramento em tempo real de aeronaves, navios, pessoas, armas e veículos em movimento são comumente usados. Da mesma forma, sistemas complementares como detecção e extinção de incêndio com agente limpo, ar condicionado com controle de umidade, backup de energia (UPS) e sistemas digitais de áudio e vídeo, para monitoramento de alarme, CCTV, além de móveis técnicos ergonômicos".
Pelo número de implementações, as cidades colombianas com maior número de centros de controle são Bogotá, Medellín, Cali, Barranquilla, Cartagena, Bucaramanga e Barrancabermeja, nas quais, tanto empresas públicas quanto privadas, as utilizam para supervisionar e gerenciar processos de segurança industrial e interna, bem como para mobilidade e segurança cidadã.
Para Cortés, que por sua vez será palestrante na Cúpula das Salas de Controle, uma reunião que pela primeira vez é realizada na Colômbia e será realizada no âmbito da feira TecnoMultimedia InfoComm, essas cidades realizam vários tipos de implementações com também investimentos diferentes. "Um centro de controle dedicado à segurança pode custar até US$ 700.000. Se mudarmos para um centro de controle de áudio/vídeo e iluminação, os custos podem começar em US$ 30.000 e chegar a US$ 500.000, mas se o problema for apenas para comunicações, os custos serão menores."
"No caso de um centro de controle integrado e centralizado, onde toda a tecnologia está presente e há integração entre diferentes subsistemas, podemos falar de limites entre US$ 100.000 e US$ 2.000.000. Agora, temos que entender que alguns centros de controle especializados e de alto nível podem custar mais caro", diz Cortés.
Esse tipo de automação na Colômbia e os investimentos cada vez mais frequentes de nossas empresas podem ser explicados pelo crescimento da indústria formal do país, que segundo a ANDI é de 9% nos últimos 5 anos. Esse período se destaca porque os processos passaram de manuais ou semiautom automáticos para totalmente automatizados em 20%.
Por sua vez, a ACOPI garante que alguns processos comecem diretamente automatizados, no entanto, é necessário capital significativo para alcançá-lo, de modo que a grande maioria das empresas que podem precisar, ainda continue sem um centro de controle para automatizar sua gestão industrial.
Empresas de outro nível no país, como multinacionais, que por centros de controle de uso de políticas, já começaram a dar outros passos adiante com aplicações de Big Data, para proteger suas informações confidenciais, evitando problemas mecânicos, elétricos ou de segurança.
Graças à dinâmica desse mercado, os Centros de Controle, com o evento Control Rooms Summit (http://colombia.controlroomssummit.com/), tornam-se neste ano um dos temas centrais da feira especializada TecnoMultimedia InfoComm, que de 15 a 17 de novembro reunirá em Corferias os expositores das principais marcas em sistemas profissionais de áudio e vídeo, comunicações unificadas, sinalização digital e automação.
O engenheiro Ordóñez, palestrante convidado do evento Control Rooms Summit esclarece que "este encontro é muito importante para colocar em perspectiva que um dos maiores benefícios para este setor é adquirir um conhecimento mais amplo das mais recentes tecnologias presentes no mundo, o que implica a implementação futura de Centros de Controle mais eficientes, aplicando a tecnologia que temos em mãos hoje.
Por fim, Ordoñez assegura que "os países que lideram o mercado latino-americano, em termos de implementação dessas tecnologias, são, sem dúvida, o México e o Brasil, pois são grandes países com grandes consumidores, o que resulta em uma economia que nos permite ter dinheiro suficiente para implementar os últimos desenvolvimentos. No entanto, deve-se notar que hoje temos na Colômbia, por exemplo, no segmento de Forças Militares, maior tecnologia aplicada do que outros países da região."
O encontro acadêmico abordará questões relacionadas à concepção, montagem e operação de centros de controle, centros de monitoramento e salas de operações, entre outros temas de interesse de administradores, gestores, consultores e usuários deste segmento.