O Brasil. A Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel, aprovou a realização de consulta pública para reavaliar a regulamentação e reduzir barreiras à expansão de aplicações baseadas na Internet das Coisas e na comunicação máquina a máquina, conhecidas respectivamente pelas expressões em inglês de Internet das Coisas (IoT) e máquina a máquina (M2M).
A consulta pública, após sua publicação no Diário Oficial da Federação, receberá contribuições da empresa por 45 dias e também será realizada em Brasília, em data ainda a ser definida, audiência pública para esclarecer a proposta.
A consulta pública aprovada apresentará à empresa propostas de alterações ao Regulamento sobre a Operação do Serviço Móvel Pessoal (SMP) por meio da Rede Virtual, tornando o modelo credenciado mais flexível, que tem sido adotado como solução regulatória para apoiar as mais diversas aplicações de IoT.
Também será proposta mais flexibilidade para provedores regionais fora de sua área de atuação através do uso de recursos de numeração e seus próprios arranjos de roaming. Além disso, a proposta busca garantir aos consumidores acesso a informações sobre as condições de uso dos serviços em todos os documentos de oferta.
Expansão
O presidente da agência, Leonardo Euler de Morais, durante a reunião de aprovação da consulta pública, analisou a importância do futuro edital 5G, que será leiloado no próximo ano, como fundamental para a expansão das aplicações de IoT e M2M no Brasil.
Segundo o relator da consulta, conselheiro da Anatel Moisés Moreira, "o papel da Agência, no contexto de desenvolvimento de aplicativos, é essencial, com a missão de ampliar as redes de telecomunicações no país para os bilhões de novos dispositivos que terão que ser conectados a qualquer hora e em qualquer lugar".
O Presidente da Agência também destacou a importância da regulamentação em estudo sobre IoT e M2M como item da Agenda Regulatória da Anatel para 2019 e 2020. Segundo o relator, a aprovação final do regulamento deve ocorrer até o final de 2020. Em relação às normas de qualidade, Moreira explicou que a proposta em consulta cria exceções à aplicação dessas regras de acesso destinadas apenas à conexão de dispositivos IoT e M2M. A proposta também está em consonância com o Plano Nacional de IoT, aprovado pelo Decreto nº 9.854/2019, segundo ele.