A Colômbia. Nunca se esperava em 1983, quando foi criado o protocolo de comunicação IP V4, o que permitiu que cada dispositivo eletrônico tivesse sua própria rota de conexão à Internet, o que em apenas 35 anos esgotaria os 4 bilhões de endereços que foram disponibilizados aos usuários na época. Diante dessa nova necessidade, foi criada a versão IP 6 que reinará por mais três décadas.
De acordo com Gustavo León, Gerente Operacional de Negócios da CGO e palestrante na feira Expo DataNet, que será realizada em Bogotá entre os dias 3 e 5 de outubro em Bogotá, "o novo protocolo que está em funcionamento há 6 anos e tem capacidade para fornecer 340 endereços de gúrdia, atenderá as necessidades do planeta por mais 3 décadas, mas sua implementação tem sido muito lenta, especialmente em nosso país.
E é que a Colômbia, embora não seja estranha ao aumento das tecnologias computacionais e de comunicação, e tenha experimentado o boom das inovações de TI em dispositivos com fio e sem fio, está relutante em fazer a transição entre IP V4 e IP V6, e essa tendência se manifesta no percentual ruim de 0,63% do tráfego na versão 6 do país, ou seja, nem sequer chega a 1% de seu uso.
Para o engenheiro León, que falará na Expo DataNet sobre "Como fazer o processo de transição para o protocolo IPv6 sem retrocessos", tudo se deve à falta geral de informação, embora o setor público do país já tenha assumido a liderança. León assegura que "seguindo as diretrizes da Circular 002 -de 6 de julho de 2011- do Ministério das Tecnologias da Informação e comunicações, as organizações oficiais já aproveitaram e pelo menos 25 delas avançaram nessa transição".
Um dos medos generalizados é o do "apagão" da conectividade nas organizações e é por isso que o Mintic, na referida circular, se antecipa a fazer uma análise e sugerir como enfrentar a transição, garantindo que as infraestruturas de hardware, software e serviços continuem funcionando normalmente enquanto a mudança é feita.
De acordo com o especialista da Expo Datanet, o mais inteligente é que as organizações e seus departamentos de TI comecem a avaliar os recursos, horários e contingências que essa adoção terá que mais cedo ou mais tarde será obrigatória porque estima-se que até 2025 o apagão IP V4 será realizado, então até lá todas as organizações terão que ter adotado o novo protocolo.
É importante notar que a mudança de um protocolo para o outro deve ser gradual e, segundo o especialista, deve ocorrer em 4 fases:
Planejamento: Isso valida os ativos tecnológicos, sua infraestrutura, aplicações próprias e dispositivos, pois alguns deles podem ou não funcionar ao migrar para IP V6.
- Implantação: Dispositivos e aplicativos estão habilitados.
- Teste de funcionalidade: A implementação é realizada na fase de produção.
- Monitoramento: É realizado um acompanhamento final da avaliação.
Por fim, é importante alocar os recursos econômicos que devem ser fornecidos, pois o custo do serviço para receber o novo prefixo de endereço IP custará a cada organização 2.500 dólares e manutenção de 600 dólares por ano, sem levar em conta a implementação tecnológica que pode custar entre 30 e 1800 milhões, dependendo do tamanho da organização.
Este tema fará parte do espaço acadêmico da Expo Data Net Andino, evento que acontece pela primeira vez em Bogotá nos dias 3, 4 e 5 de outubro com o objetivo de atualizar o conhecimento sobre novas tecnologias e o mercado mundial de TI, espaço também propício ao fortalecimento da capacidade na tomada de decisão em relação à compra de produtos e serviços.