A Colômbia. Novas tecnologias surgem todos os dias. Alguns são adotados em larga escala para chegar ao mercado, enquanto outros passam por um período de maturação. Independentemente do caminho seguido pela adoção dessas ferramentas, há a certeza de que elas transformarão o cotidiano de indivíduos e empresas simplificando rotinas ou transformando-as completamente.
Diante desse cenário de mudanças, a TOTVS Labs, laboratório de pesquisa e inovação da TOTVS no Vale do Silício, listou oito tecnologias disruptivas que mudarão todas ou quase todas as indústrias e, portanto, o comportamento dos seres humanos até o ano de 2020.
A Inteligência Artificial é a primeira grande aposta, tantos esforços do laboratório em Mountain View foram direcionados para desenvolver soluções relacionadas a ela. Para a TOTVS, o futuro será moldado pela combinação de software (aplicativos), dados e inteligência artificial, que mudará todos os segmentos de mercado e simplificará a tomada de decisão. Indústrias como saúde, serviços financeiros, manufatura, varejo e outros segmentos serão profundamente transformadas por essa combinação.
Bitcoins e Blockchain: Semelhante a um livro virtual, o Blockchain é um banco de dados de transações criado para garantir o uso de moedas virtuais, os Bitcoins. A tecnologia por trás do Blockchain impede o uso de uma moeda mais de uma vez, garantindo assim a transparência e a segurança das transações, independentemente do valor da moeda utilizada. A ferramenta resolve um velho problema do mercado financeiro: os ativos são registrados, atualizados e disponibilizados aos reguladores para que toda a indústria seja modificada. O Nasdaq, por exemplo, já usa o Blockchain para armazenar informações sobre os ativos de algumas empresas listadas na bolsa de valores, como Amazon e Apple.
Impressoras 3D: Fundada em 1984, a impressora 3D foi fortemente adotada nos últimos anos. Além de imprimir itens para uso pessoal, a ferramenta modifica os processos de diferentes setores, como a medicina. Entre os destaques está a bioimpressão dos membros do corpo humano para próteses ou transplantes. Outro segmento promissor é a fabricação. Algumas empresas, lideradas pelas indústrias aeronáutica e de máquinas, já estão desenvolvendo peças adicionando material camada por camada. O processo conhecido como aditivo de fabricação permite, por exemplo, a fabricação de peças com geometria extremamente complexa, sendo uma opção para estágios complicados de produção. Empresas como Nike e Adidas anunciaram a produção de tênis usando impressoras 3D.
Veículo autônomo: Além de modificar a experiência e mudar a mobilidade dos consumidores, os carros sem motorista terão impacto no desempenho dos fabricantes de automóveis e no planejamento do tráfego em cidades e estradas. Atualmente, há uma corrida louca entre as montadoras para ver quem lança o primeiro veículo autônomo. O prazo proposto por eles é o ano de 2020, porém, a produção em massa de veículos só poderia ocorrer a partir de 2025, quando a tecnologia terá um preço acessível. O futuro é tão promissor que a IHS Automotive, consultoria de mercado para o setor automotivo, acredita que em 2050 ninguém terá que colocar as mãos no volante de um carro. Atualmente empresas como Tesla e Google já possuem tecnologia que permite dirigir um carro automaticamente, sem intervenção humana.
Robótica: uma das mais conhecidas entre as oito tecnologias listadas pela TOTVS Labs. A robótica abrange diferentes formas de automação, incluindo tarefas físicas, intelectuais e serviços ao cliente. Segundo a Forrester, em 2019, 25% dos empregos em todos os setores serão transformados pelo avanço dos robôs. Por outro lado, contribuem para o surgimento de novas categorias profissionais, cada vez mais estratégicas. Um bom exemplo atual é o atendimento automatizado ao cliente em centros de contato.
Realidade Virtual e Realidade Aumentada: Essas tecnologias permitem que o usuário interaja em tempo real com um ambiente tridimensional gerado por computadores através de dispositivos multissenso sensoriais. Atualmente, eles já estão em simuladores de voo e direção em escolas de condução. Em breve, esses simuladores chegarão a muitos outros mercados, proporcionando uma melhor experiência ao usuário e simplificando, por exemplo, a manutenção de plantas industriais, visitas a locais de interesse histórico e turístico, bem como o aprendizado de determinados procedimentos cirúrgicos. Os setores de turismo e educação devem ser fortemente transformados com o uso da Realidade Virtual e Aumentada.
Biotecnologia: mantém grande promessa de enfrentar desafios globais, oferecendo novas possibilidades para atender à demanda global por alimentos, nutrição animal, combustível e materiais, entre outros, e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto no meio ambiente. A adoção dessa tecnologia na indústria farmacêutica permitiu o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes e adequados para cada paciente e, em breve, permitirá novas abordagens no tratamento, diagnóstico e prevenção de doenças. No setor têxtil, permite a criação de tecidos inteligentes, como o feltro, que não incham e tapetes para remover poeira.
Computação, Networking e Internet das Coisas: O número de computadores em rede e a capacidade de troca de informações entre eles já começaram a mudar rotinas nas organizações. A Internet das Coisas, por exemplo, conecta dispositivos e máquinas a sistemas de gestão centralizados, permitindo a troca de dados entre eles e facilitando, por exemplo, o controle da entrega da logística. Além disso, essa tecnologia simplificará o mapeamento de áreas agrícolas de plantações por meio de dispositivos móveis, como drones.
Cada uma dessas tecnologias, e a combinação de duas ou mais delas, terá um impacto no mundo nos próximos anos. Alguns já são usados em larga escala, mesmo em 2016, mas a maioria deles vai modificar muito as rotinas de pessoas e empresas nos próximos cinco anos. Além disso, o impacto em determinadas indústrias ocorrerá mais rapidamente porque uma das características comuns dessas tecnologias é seu progresso exponencial.
"A revolução que vamos vivenciar nos próximos anos terá um impacto maior do que até mesmo a revolução industrial. Estima-se que nos EUA 47% dos empregos atuais não existirão nos próximos 10 anos. Na América Latina, algo muito semelhante deve acontecer. Por outro lado, novos empregos surgirão. O mais importante diante de todas essas mudanças é se preparar para os avanços que estão por vir, pois cedo ou tarde uma dessas tecnologias, ou várias delas, terá um alto impacto no seu negócio ou mesmo na sua rotina pessoal", diz Vicente Goetten, diretor da TOTVS Labs.